domingo, 31 de outubro de 2010

Silhueta

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A luz da rua é insistente,
e acaba invadindo o quarto pela janela.
Me levanto sensualmente,
Fecho as cortinas e acendo uma vela.

Olho para o seu rosto
e me pego imaginando seu gosto.
Começo a dançar.
Abraço meu corpo devagar.

Passo a mão pelos cabelos,
brinco com minha sombra na parede.
Você se apóia nos cotovelos,
e eu vejo que tem a minha sede.

Tenho conhecimento de cada curva minha,
e as massageio, formando uma linha,
como que pedindo para me descobrir,
com suas mãos a me possuir.

Você se levanta,
me segura com firmeza,
me beija a garganta,
e noto a sua beleza.

Na mistura de sentimento e luxúria,
Nos envolvemos numa dança,
que nos acalenta dentro da fúria,
dá perigo e confiança.

E nos afundamos no meio da noite escura.
No equilibro perfeito de veneno e cura.

2 Response to Silhueta

1 de novembro de 2010 às 21:58

odiei.
pq eu ja to numa ''sede'' desgramada e voce ainda me faz imagnar uma garota nua dançando a luz de uma vela num quarto cheirando sexo.

voce conseguiu atingir todos os pontos do sentido num só texto: visão, audição, tato, paladar e olfato.
Sem falar na imaginação que voou longe.

14 de novembro de 2010 às 01:41

lindo,
lindo mesmo...
=]

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