domingo, 20 de fevereiro de 2011

Presença...

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Aqueles olhos que refletem os meus...

Ah lindo, quer discutir novamente comigo? Ao menos posso saber por que me julga? Claro, não te falo o que quero e te obrigo a encorporar a mãe Diná. Mas se tudo der errado você poderia ganhar alguma coisa com isso. Tudo bem, parei de brincar.

Aquele cheiro que me envolve o sentido...

Meus amigos? Ciúmes de novo? Não entendeu ainda que a atenção que dou a eles é diferente da que dou a você? Se você entra no cômodo, fico alguns segundos atordoada, controlo a vontade louca de sair e me encaixar no teu abraço e me esconder ali até o fim dos dias, pois sei que ali tudo vai ficar bem.

Aqueles cabelos que atraem meus dedos...

Meus carinhos sem motivo? E carinho precisa de motivo? Às vezes simplesmente te quero de uma maneira mais inocente, ou sinto saudade do teu calor. É um desejo em que não preciso da intimidade de quatro paredes, apenas a intimidade do toque de mãos, do olhar, é o que preciso.

Aquele corpo que abriga o meu...

Meu silêncio pela casa? É um pouco de medo de me perder em você. Não, não seria ruim, mas como seria amar uma copia sua? Meio narcisista, né? Além de irritante, não seria a pessoa que você ama.

Aquela boca que encaixa na minha...

As palavras ácidas? Meu anjo, às vezes apenas o carinho não chama a sua atenção. Nesses momentos, é muito mais rápido e eficiente te chamar de corno do que de amor, e você olha e me dá atenção em tempo recorde. Sua raiva é mais um meio de me aproximar de você e te manter interessado em mim.

Aquela personalidade e aquela alma, que se juntam às minhas...

O que eu quero? Alguém que me guie na multidão, que não me deixe ser arrastada pela uniformidade, alguém que não brigue com meu amigos pela atenção que dou a eles, mas sim alguém que brigue comigo porque quer mais companheirismo e afeição. Alguém que não diga que sou uma mulher totalmente segura, já que uma parte minha ainda é pequena e precisa de um lugar seguro, mas sim alguém que me mostre que meus medos são mínimos se comparados a minha determinação e ao apoio que ele me dará. Alguém que me mostre que na dualidade ainda posso encontrar a minha individualidade.

Quero a sua presença, não apenas do teu corpo. Preciso que me mostre que não preciso de você, que posso viver mesmo na saudade, mas que me faça querer apenas você.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Bixete de Letras

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A felicidade já nem se comporta dentro de mim!
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