domingo, 28 de março de 2010

Ironia

4
Olho para a frente e vejo
uma forma cadavérica,
sem o brilho do desejo.
Certamente maquiavélica...

Uma cor morta...
Parece não ter coração.
Aparentemente não se importa
se o corpo respira ou não.

De repente, uma lágrima corre.
Nem por isso os olhos ficam mais lúcidos...
Um último sentimento morre.

Lábios flácidos,
um corpo sem alma.
Com passos rápidos,
cautela e calma,
alcanço a personagem:
fria, crua, miragem...

- Céus... É um espelho.